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segunda-feira, 6 de maio de 2013

RESFRIAMENTO GLOBAL

Mídia News
Meio Ambiente / MUDANÇAS CLIMÁTICAS
09.04.2013 | 03h30 - Atualizado em 08.04.2013 | 16h38

Aquecimento global expande campos de gelo antárticos

"O paradoxo é que o aquecimento global leva a um resfriamento maior e ao aumento dos campos de gelo da Antártica"

DO MSN
O aquecimento dos oceanos talvez seja a principal causa da expansão dos campos de gelo da Antártica, segundo relatam pesquisadores na revista Nature Geoscience. À medida que os campos de gelo do Polo Norte diminuíam consideravelmente nas últimas três décadas, cientistas se empenhavam em fornecer explicações para o aumento dos campos de gelo próximos do Polo Sul durante o mesmo período. O aquecimento dos oceanos talvez seja a principal causa da expansão dos campos de gelo da Antártica, segundo relatam pesquisadores na revista Nature Geoscience. À medida que os campos de gelo do Polo Norte diminuíam consideravelmente nas últimas três décadas, cientistas se empenhavam em fornecer explicações para o aumento dos campos de gelo próximos do Polo Sul durante o mesmo período.
"O paradoxo é que o aquecimento global leva a um resfriamento maior e ao aumento dos campos de gelo da Antártica", afirma Richard Bintanja, climatologista do Instituto Real de Meteorologia da Holanda, em Utrecht. Bintanja e seus colegas mostram que o derretimento mais intenso dos campos de gelo da Antártica – que perde massa a uma velocidade de 250 gigatoneladas anuais – foi provavelmente o principal fator por detrás dessa expansão pequena, mas significativa do ponto de vista estatístico.
As águas resultantes do derretimento dos campos de gelo podem formar uma camada de água fria e doce na superfície que os protegem das águas quentes inferiores, fato conhecido dos cientistas há anos. Mas os cientistas não estão certos de que esse fenômeno esteja contribuindo com a expansão dos campos de gelo antárticos, conforme sugere o novo estudo.
Os autores analisaram observações da temperatura e da salinidade oceânicas feitas a partir de satélites e de boias de 1985 a 2010. Em seguida, eles compararam as alterações observadas com dados de um modelo climático global que simulou a perda anual de 250 gigatoneladas de águas de degelo de capas de gelo antárticas, para observar como isso afetaria as condições oceânicas. Nesse modelo, a água de degelo formou uma cobertura de água doce e fria que promoveu a expansão dos campos de gelo e isso fez com os pesquisadores reconhecessem o fenômeno como a causa mais provável dessa tendência atual.
Existem, contudo, outras explicações plausíveis para a expansão dos campos de gelo da Antártica. "Esse processo pode ser totalmente verdadeiro, mas esse estudo não demonstra que a intensificação do derretimento tenha contribuído de forma significativa com o aumento da cobertura de campos de gelo", afirma Paul Holland, criador de modelos oceânicos do Serviço Antártico Britânico, de Cambridge, Reino Unido, e coautor do estudo que demonstrou, no ano passado, que a expansão dos campos de gelo se deve, principalmente, a padrões de ventos locais.



22/04/2013 11h25 - Atualizado em 22/04/2013 15h01

Temperatura global no século 20 foi a maior em 1.400 anos, diz estudo

Cientistas analisaram as temperaturas no planeta nos últimos 2 mil anos.
Fato é atribuído a ciclo natural do Sol e a flutuação de erupções vulcânicas.

Do G1, em São Paulo

Estudo publicado neste domingo (22) na revista “Nature Geoscience” reconstruiu em escala global as temperaturas do planeta dos últimos 2 mil anos e constatou que o século 20, período em que a influência humana se tornou mais significativa, foi o mais quente em todo o planeta em 1.400 anos.
De 1971 a 2000, a temperatura média ponderada foi maior do que em qualquer outro momento em cerca de 1.400 anos, diz o estudo.
A pesquisa da “Nature” mostra que o fato pode ser atribuído a ciclos naturais na órbita planetária e a flutuações causadas por erupções vulcânicas e variações na atividade solar.

A partir da análise, os cientistas puderam verificar ainda que outros fenômenos climáticos não afetaram simultaneamente todos os continentes, como o Período Quente Medieval, ocorrido entre os séculos 9 e 14, e a Pequena Idade do Gelo, entre os anos de 1.550 e 1850 – diferentemente do que ocorreu no século passado.


Esta nova forma de medição vai possibilitar aos pesquisadores, no futuro, a entender melhor as causas da variabilidade climática e ajudar a prever mudanças no planeta.

O estudo, coordenado pela Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, e que teve a participação de 78 cientistas de 24 países, conseguiu refazer o “mapa da temperatura” a partir de 511 amostras que incluem medições dos anéis em troncos de árvores, recifes de corais, núcleos de gelo, formações em cavernas, além de documentos históricos.

Impactos regionais
Segundo Steven Phipps, um dos autores da investigação científica, a característica surpreendente do aumento repentino da temperatura média global no século 20 se deu depois de uma tendência de resfriamento global, que durou mais de um milênio.

No entanto, ela afeta todo o planeta, diferentemente de outros fenômenos que afetaram a Terra na antiguidade, que tiveram impacto regional.

De acordo com o pesquisador, o Hemisfério Norte foi mais quente entre os anos 830 e 1.000, enquanto que a região do Hemisfério Sul não experimentou o aumento da temperatura até os anos 1.160 e 1.370.

Já a Pequena Idade do Gelo ocorreu devido à redução da atividade solar e queda das erupções vulcânicas, com impacto na região do Ártico, Europa e Ásia (antes de afetar a América do Norte o Hemisfério Sul).
 

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